Leo Minax
Se falamos de composição, e se o critério é originalidade e sofisticação, Leo Minax é, sem dúvida, um dos grandes nomes entre os músicos brasileiros da sua geração. Radicado em Madrid há muitos anos, já editou nove álbuns em Espanha com diferentes propostas e formações, comercializados por diferentes editoras discográficas. Quase todas as suas produções foram gravadas ao vivo em estúdio, um critério com o qual o artista opta pela liberdade, frescura na interpretação e improvisação. Como compositor e intérprete, há muito que desenvolveu o seu discurso musical único, inquieto e sempre aberto à experimentação.
Para além das suas harmonias sugestivas, da riqueza rítmica das suas criações e da sua liberdade de interpretação, a obra de Leo Minax destaca-se também pelos textos das suas canções, pela sua criatividade e inspiração poética. No Brasil, sua carreira está associada aos nomes de Toninho Horta, Vitor Ramil, Arnaldo Antunes, Ronaldo Bastos e Moska, entre outros grandes artistas, como colaboradores ou co-autores de suas canções.
Sua música já foi gravada pelo uruguaio Jorge Drexler, a mexicana Ximena Sariñana, a brasileira Joyce e a espanhola Ana Belén. Partilhou o palco com artistas importantes como a mexicana Eugenia León, o argentino Lisandro Aristimuño, a chilena Francesca Ancarola e os espanhóis Iván Ferreiro, Miguel Ríos, Miguel Poveda e Javier Ruibal. Fez digressões por muitos países, levando a sua música a diferentes continentes. Compôs com grandes compositores espanhóis como Pablo Guerrero, Diego Vasallo, Pedro Guerra e Luis Pastor.
Atualmente desenvolve um projeto, paralelo à sua carreira a solo, com o quinteto do músico dinamarquês Steen Rasmussen, com quem já editou dois álbuns nos últimos anos. O espanhol Suso Saiz é o produtor de quatro dos nove álbuns editados pela Minax em Espanha.
“Leo fá-lo organicamente e quase não se nota a complexidade rítmica, a música refinada que sai da sua guitarra e o seu toque impecável. As letras absurdamente poéticas descem pela garganta dos ouvidos como água. Seu trabalho atual, sem dúvida, atinge a maturidade dessa busca. E apresenta, com a cumplicidade luminosa do seu trio acústico, um som estimulante, cheio de aventura criativa”. Chico Amaral
“… O trio abre e fecha como uma válvula, apertando Minax, depois soltando-o novamente, mas sempre em prol das canções. É um equilíbrio difícil: encontrar a liberdade da música improvisada e, ao mesmo tempo, o controlo calmo exigido por um cantor/compositor. Jazz, pop e música de câmara juntam-se neste delicado ato de equilíbrio”. Leo Sidran
“…Meu desejo é que as músicas de Leo Minax possam ser tocadas aqui no Brasil (…) e que os brasileiros tenham acesso a essas delícias preparadas com nossos ingredientes, tão longe de casa. A inteligência voa, mas o afeto sempre sente saudade. Onde quer que o pássaro canoro esteja, aqui ou ali… Leo, voa, mas volta! As tuas canções são um presente generoso para o Brasil, que tanto precisa delas, mesmo que não saiba recebê-las”. Chico César
“O que eu soube à primeira vista foi que estava diante de um enorme artista, um dos poucos que tem voz própria (…) A música do Leo é a-geográfica, porque é de todas as geografias, por isso está há trinta anos em Madrid, mas podia estar há trinta anos em Oslo ou Kuala Lumpur, ou podia estar em aramaico, ou finlandês ou guarani. Porque o que é essencialmente bom não depende de variáveis que têm a ver com o tempo e o espaço”. Daniel Drexler
“Escrevemos algumas canções juntos, cantamos juntos, gravamos juntos e assistimos aos últimos gatos da madrugada escondidos. (…) A música de Leo Minax faz bem: dá um pouco mais de luz ao mundo e conserta as engrenagens enrijecidas do prazer. Volúpia a meia voz: chuva fina que clareia a escuridão da alma”. Diego Vasallo
“…Inovador, criativo, mestre da composição, totalmente em sintonia com seu tempo, Leo Minax nos dá a convicção de que a composição é algo transformador, sempre (…)”. LôBorges