TONINHO HORTA
1/11/2024 – 20:00h. Casa Anchieta, San Cristóbal de La Laguna, Tenerife. (Entrada gratuita até que a capacidade total seja atingida)
2/11/2024 – 12:00h. Masterclass, Teatro Guiniguada, Las Palmas de Gran Canaria.
2/11/2024 – 20:00h. Teatro Guiniguada, Las Palmas de Gran Canaria.
A maneira inspiradora e sofisticada de tocar violão, juntamente com suas composições ricas e singulares, fez de Toninho Horta um dos músicos mais influentes do mundo. Vindo de uma família de músicos – seu avô, o Maestro João Horta, foi um notável compositor de música sacra e popular durante o rico período barroco em Minas Gerais – Toninho teve suas primeiras lições com sua mãe e bandolinista Geralda e seu irmão Paulo, um contrabaixista que teve grande influência na música de Toninho ao apresentar seus discos de jazz das décadas de 1950 e 1960. A primeira música de Toninho foi composta aos 13 anos de idade, com letra de sua irmã Gilda. No II Festival Internacional da Canção, realizado no Rio de Janeiro (1967), Toninho participou com duas músicas: ‘Maria Madrugada (letra de Junia Horta) e ‘Nem é Carnaval’ (com Márcio Borges), ganhando prestígio como um novo compositor expressivo.
Toninho Horta mudou-se para o Rio em 1970 e rapidamente entrou para a banda de Elis Regina, participando também das gravações e da turnê do álbum “Ela”. Em 1972, Horta fez uma contribuição significativa para o lendário disco “Clube da Esquina”, de Milton Nascimento, tocando violões e guitarras, baixo, percussão e vocais. Além disso, ele contribuiu para o conceito do álbum por meio de seus arranjos e de seu violão colorido e vibrante, que foram altamente notáveis.
Em 1973, atuou como guitarrista do álbum e da turnê “Índia”, de Gal Costa, e logo depois se reuniu novamente com Milton e a banda Som Imaginário para a gravação do show “Milagre dos Peixes”, ao vivo com uma orquestra. As músicas de Toninho foram gravadas por vários artistas, incluindo Leny Andrade, Tamba Trio, Nana Caymmi, Joyce e Sérgio Mendes. Nesse período, ele também contribuiu para gravações de artistas como Dominguinhos, Edu Lobo, Chico Buarque, Maria Bethânia e Dori Caymmi.
Em 1976, após sua primeira aparição nos Estados Unidos para as gravações com Flora Purim, Airto Moreira e seu parceiro Milton Nascimento, Toninho foi convidado para gravações e turnês com artistas renomados como Manhattan Transfer, Astrud Gilberto, George Duke, Pat Metheny, Nicola Stilo, Akiko Yano, Ken Hirai, Rudi Berger, Jack Lee, Lisa Ono e também teve algumas de suas músicas gravadas por Norman Connors e Earth, Wind and Fire. Ao longo de seus 55 anos de carreira, Toninho gravou cerca de 1.300 faixas e foi homenageado com 120 músicas dedicadas a ele por músicos de todo o mundo.
Seu nome aparece em muitos livros de música representativos como um dos artistas mais importantes do cenário do jazz.
Em 1977, foi considerado o quinto melhor guitarrista de jazz pela revista Melody Maker, e o sétimo melhor em 1978. Em 2005, as gravadoras americanas Sony e BMG lançaram uma caixa de compilação chamada ‘100 Years of Jazz Guitar Progressions’ com biografias e 4 CDs, apresentando os 74 melhores guitarristas de jazz e blues do século passado. Toninho Horta aparece entre estrelas como Wes Montgomery, Les Paul, George Benson, Pat Metheny, Jimmy Hendrix, Jeff Beck e Eric Clapton.
Toninho lançou aproximadamente 40 álbuns ao longo de sua carreira, solos, participações e colaborações. Esses trabalhos foram lançados por gravadoras conceituadas, como Verve/Polygram, EMI e Polydor K.K. (Japão), entre outras. Ele recebeu três indicações ao Grammy na categoria “Melhor Álbum de Música Popular Brasileira”: “Com o Pé no Forró” (2005), ‘Harmonia & Vozes’ (2011), e ganhou o Grammy Latino 2020 por seu álbum duplo ‘Belo Horizonte’, com a Orquestra Fantasma. Atualmente, ele está imerso na criação de um novo álbum intitulado “Standards & Stories”, onde empresta sua voz a clássicos românticos como “What a Wonderful World”, “My Romance”, “Smiles” e “I Love You”, acompanhado por uma orquestra.
Em novembro do ano passado, Toninho participou do show de despedida de Milton Nascimento, com uma reunião de outros compositores e cantores do Clube da Esquina. Esse evento magistral foi realizado no Estádio Mineirão, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, diante de 53.000 pessoas.